02 décembre 2006

Citizenship: ... Meanwhile in Portugal...

AIDS in Portugal

Entretanto em Portugal, a maioria das metas dos planos de luta contra a sida não foram atingidas. Passaram 29 anos desde a detecção do primeiro caso de HIV/sida em Portugal e o país continua a ter dos piores indicadores sobre a infecção na Europa. Responsabilidade? Ninguém tem, como sempre em Portugal, é “a vida”…

De acordo com o Centro de Vigilância Epidemiológica das Doenças Transmissíveis, registaram-se em Portugal 29.461 casos de infecção pelo VIH entre 1983 e Junho 2006, mas segundo o Programa das Nações Unidas para a Sida (ONUSida), o número de portugueses infectados pelo VIH pode ser superior, estimando esta entidade que se situe nos 32 mil. Segundo indica o jornal Publico, e como revela o último relatório (2005) do Centro Europeu para a Monitorização Epidemiológica da Sida, Portugal ocupa o segundo pior lugar num grupo de 52 países europeus (junto com os menos desenvolvidos) apenas pior do que a Estónia, em número de novos casos de infecção diagnosticados por milhão de habitantes: 251 por ano, logo seguidos dos 247 da Federação Russa e 241 da Ucrânia.

Um novo Programa de Prevenção oficial para a Infecção HIV/sida entre 2007 e 2010 foi ontem, 1 de Dezembro, apresentado em Lisboa. O objectivo é reduzir, até 2010, em 25%, a mortalidade causada pela doença, diminuir o número de novas infecções e aumentar o diagnóstico voluntário, segundo os objectivos anunciados. Mas em 2010 veremos os resultados... E ninguém será responsável se os resultados forem maus. Muito dos projectos, como os centros de terapêutica combinada, ficaram pelo caminho (quem sabe se por cortes orçamentais…). O actual coordenador nacional de luta contra a sida (desde há mais de um ano no cargo!!!), Henrique Barros, admite que a maioria das metas ficou por atingir e que, nalguns casos, nem seria desejável que fossem concretizadas (comentários para quê?). O novo programa nacional de combate à sida determina intervenções na prevenção da doença junto de grupos mais vulneráveis, como os toxicodependentes e os migrantes (alguns dos mais afectados).

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