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Como Ilan Pappe escreve (e bem!) em Znet, "os comentadores israelitas dizem que a guerra, que era suposta devolver a Israel o seu poder de dissuasão, corroeu ainda mais essa capacidade”. "Noutras sociedades, o sentido comum ditaria que a ‘derrota’ conduziria a re-equacionar o uso do poder militar - mas não em Israel. O perigo é que a consequência venha a ser o uso de mais força para re-conquistar o domínio perdido."
A verdade é que a guerra não resolveu nenhum problema e pode mesmo ter contribuído para piorar a situação, levando a uma escalada de violência. Os próximos dias/semanas dirão da capacidade da comunidade internacional, da ONU, da Europa e dos E.U.A. para controlar a situação. Uma coisa é certa, ao contrário do que todos os neo-cons e neo-qualquer-merda têm escrito ultimamente – e em particular em Portugal e no jornal Publico (justificando e apelando à guerra e ao uso da força como a única solução), a guerra e a força NÃO são a solução aos problemas do Médio Oriente, nem em lugar nenhum no mundo. A diplomacia é a única via possível, além de ser a única civilizada. A menos que queiram retroceder vários séculos, desrespeitar leis internacionais e todo o progresso humano (que algum houve apesar de tudo).
Mas essas pessoas, muitos “pretensos” jornalistas e opinion makers ignorantes, apenas têm tais opiniões porque não vivem nestes territórios, porque a guerra acontece bem longe deles. Não são eles quem vê o seu vizinho, pai, irmã, etc, a morer. Não têm que ir para a guerra, matar e podendo ser alvos dos tiros inimigos, não vivem o horror da destruição. Nem são certamente os seus filhos que lá estão. Não viveram a segunda guerra mundial nem outras. Talvez devam ir uma vez, com os soldados israelitas, com os guerrilheiros do Hezbollah, para conhecer o verdadeiro sabor da violência. E talvez então se abstenham de escrever asneiras.
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